Wednesday, August 22, 2012

Clube da Luta (Pósfácio)

Achei muito épico o livro de Clube da Luta, assim como o filme. Obviamente algumas coisas não condizem com o filme literalmente, mas nada que mude ou desfoque o contexto da história, apenas mudanças mínimas na narrativa e uns detalhes à mais. Porém, algo que achei absurdamente digno e MUITO legal, interessante (FODA!), foi o final do livro; no qual há uma espécie de posfácio que não é mostrado no filme. O livro contem 30 capítulos, o filme terminaria no 29 mais as três primeiras frases do capítulo 30. Não é nada muito grande, porém acho interessante dividir na integra esta "cena" extra que, na minha opinião, deixaria o filme muito digno. Não mais e não menos digno doque já foi mesmo sem esta "cena", mas ainda assim teria um algo mais digno; um adeno interessante no mínimo.

1996 Copyright (c) 2012 by Chuck Palahniuk
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Tradução para a Língua Portuguesa (c) Texto Editores Ltda., 2012
Título Original: Fight Club
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Na casa do meu pai há várias mansões.
É claro qeu quando puxo o gatihlo eu morro.
Mentiroso.
E Tyler morre.
Com o shelicopetros da polícia trovejando acima de nós e Maral e as pessoas dos grupos de apoio que não conseguiam enm salvar à si próprias, mas que estavam ali tentando me salvar, eu tinha qeu puxar o gatilho.
Aquilo era melhor que a vida real.
E aquele seu momento perfeito único não durará para sempre.
Tudo no Paraíso é branco sobre branco.
Mentiroso.
Tudo no Paraíso é silencioso igual a sapatos com sola e borracha.
Consigo dormir no Paraíso.
As pessoas me escrevem no Paraíso e me dizem qeu sou lembrado. Que sou o herói delas. Que vou melhorar.
Os anjos por aqui são aqueles do Velho Testamento, legionários e tenentes, hospedeiros celestiais que trabalham em turnos, dias, períodos. Cemitério. Eses trazem refeições em uma bandeja com um copinho de papel com remédios. É o arsenal do "Valley of the dolls".
Conheci D'us, que estava atrás de Sua enorme mesa de madeira com diplomas pendurados na parede atrás dele, e D'us me perguntou:
- Por quê?
Por que causei tanta dor?
Eu não entendia que cada um de nós é sagrado, um floco de neve único e especial em sua individualidade única e especial?
Não conseguia ver como todos nós somos manifestações de amor?
Olho para D'us atrás da mesa tomando notas em um bloquinho. D'us entendeu tudo errado.
Nós não somos especiais.
Também não somos um lixo ou uma merda.
Apenas somos.
Apenas existimos e oque acontecer aconteceu.
E D'us diz:
- Não, as coisas não são assim.
São. Bom, tanto faz. Não se pode ensinar nada a D'us.
D'us me pergunta do que me lembro.
Lembro-me de tudo.
A bala sai da arma de Tyler, rasga a outra bochecha e me dá um sorriso irregular que vai de orela à orelha. Isso memso, igual a uma abóbora nervosa de Dia das Bruxas.. Demônio japonês. Dragão da avareza.
Marla ainda está na Terra e sempre escreve para mim. Ela diz que um dia eles me levarão de volta.
E se houvesse um telefone no Paraíso, eu liagria para Marla de lá e no momento que ela dissesse "alô", eu não desligaria. Eu diria "Oi. Como vão as coisas? Me conte tudo".
Mas eu não quero voltar. Ainda não.
Porque não.
Porque de vez em quando alguém traz minha bandeja de almoço e meus remédios, e a pessoa está com um olho roxo ou a testa inchada e com pontos, e ele me diz:
- Sentimos sua falta, senhor Durden.
Ou alguém como nariz quebrado segurando um rodo e passando pano no chão passa por mim e sussurra:
- Tudo está andando de acordo com o plano.
E sussurra:
- Vamos destruir a civilização para podermos fazer do mundo um lugar melhor.
Sussurra:
- Esperamos ansiosos pela sua volta.

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