Saturday, December 12, 2015

Paixões, Doce Suspiro do Incerto e Inesperado


Mente e coração; desejosa frustração de acasos valiosos, em rara ocasião. Paixões são inegáveis, e você adora se aventurar. Diverte-se com corações, és um eterno amante, e abraça cada paixão. Não com avidez, mas delicadeza, saboreando cada gota deste mel que é mais doce quando escorre aos poucos. Se irá regozijar ou lamuriar, não se importa de início... a mente é forte para suportar; com riso ou uma introspecção a calar. Não as nega, pois são raras, pois não és covarde, pois ama se apaixonar. Por sorrisos e olhares, por intelecto e eloquência. Apaixonados, nos sentimos vivos, é divertido este estado... e mais divertido ainda encontrar pessoas de valores tão fascinantes, estas sim são paixões à não se negar. Pessoas fascinantes são raras. Sábios em tempos de ignorância. Ah... porque não se amar? Não é dependência de terceiros; se somos sábios, temos conhecimento de independentes sermos, que cada qual vive unicamente a si mesmo. Mas por que não adoçar mais a vida com um divertimento perigoso? Paixões são distrações, às vezes podem até evoluir. Se a vida lhe permite esta fonte de dor e prazer, por que negar-lhe? Temos sede de vida, sede de vidas, sede de nos sentirmos vivos! Nos saciemos com este líquido inebriante dos vinhedos da vida, sacramento do êxtase, da liberdade terna e ofegante, desejosa por mais ar, ar compartilhado, olhares compartilhados, lábios compartilhados...
Mas, afinal... escrevo à ti? Há uma paixão traduzida aqui? Proibindo-me de exaltar-lhe abertamente, disfarço em versos o delicioso escorrer de uma torrente romântica, por ora, inalcançável... talvez?

Aah... Êxtase poético; cada palavra faz-me palpitar o coração, num expurgo de nervos que percorrem todo meu ser... a cada bater, contração, dilatação... AAH! Doce suspiro, melancólico, esperançoso, apaixonado... oculto-lhe enquanto meu sorriso sádico apenas admira-lhe. Saboreio cada momento do incerto e inesperado, aos poucos a deslizar da ponta de meus dedos até meus lábios. E enfim, suspirar a agoniante e igualmente viciante aura de uma paixão, deitar-se tranquilo e finalmente... sonhar com o amor, e apenas sonhar. O amor a vida e a si, sempre são presentes, fiéis, necessários... não são estes a que refiro. O amor a alguém, este sim, é o que deita-se contigo em sonho, apenas um sonho... não tão necessário... mas não custa sonhar, amar, compartilhar.

Tu amaste, provavelmente, apenas pessoas que não existem, se não em tua mente.
Deuses não estão destinados à mortais, se não apenas para divertir-se como seres viventes.

Qual é o motivo de se relutar? Se machucar? Por favor... vá viver... se irá ou não doer? Como saber? Você só tem uma chance de viver, acostume-se com a dor e o prazer, e sempre a sorrir... caso contrário, irás apenas existir.

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