Sunday, August 2, 2015

"Você tem de ser gentil consigo mesmo."

Necessidade de terceiros, a compreensão de uma companhia... é auto flagelo, imposto ao fardo natural do ego: a solidão
Auto suficiência; resposta. Saída da tragédia da vida. Jamais uma fuga; de frente aos jugos que a vida há de lançar, com o peito aberto, as mãos serradas.
Cada baque, uma evolução. Não flagelo, Autodestruição. Vindoura edificação de algo superior. Sábio e melancólico, feliz e robusto porém...

Ela está à tua frente, encara-te.
Entregue-te ou saia do palco.
Desafia-te à perfeição, e fadado à agonia estará. Ela é incompreensível e subjetiva. Ignora-se ou teme-se o que não se conhece; mesmo que torne-te, jamais lhe compreenderão, apenas o próprio espelho há de fazê-lo. Um homem fora de seu tempo, isolado em seu próprio cume...

Conseguem sentir a brisa gélida...? Podem partilhar de minha alegria...?
Não ouvem meu riso, e o eco distante me soa como pranto. Para eles não existo, irreconhecível... distante demais, alto demais; por conseguinte, pequeno a seus olhos.
O abismo da perfeição às vezes é o mesmo da solidão. Se é que existe.
Ausência de sentimento, compaixão... solução? Independência, autoproclamação.
Torne-te teu próprio discípulo e teu próprio deus.

E mesmo assim... ah... por que o sorriso às vezes me falha?
Aqui é frio...
Rabisco numa pedra:
“Você tem de ser gentil consigo mesmo.”

E assisto de minha montanha isolada o crepúsculo de minha consciência.



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