Wednesday, August 5, 2015

O Prisma sobre o Xadrez da Vida

Ouço numa sinfonia anjos conversando, ou demônios falando, ou ambos digladiando.
Se eu deitar-me como ouvinte em seus cânticos, serão capazes de seguirem meus sonhos, pelo rastro de meu sono? E exercer sua influência sobre tal mente conflitosa? Tais anjos e demônios...
Ouço-os... digladiando-se ou apenas trocando palavras? Ou em silêncio, e o que ouço sejam apenas os movimentos sutis das peças de um xadrez.
Quem dirá que já não exercem sua influência? ... Qual deles?
Quem dirá que estas palavras já não sejam obra dissimulada de um deles? ... Qual deles?
Anjos, Demônios, Homens. Quem joga o xadrez da vida cuja mente em prêmio é a minha?
Como saber se esse jogo... já não terminou?
Quem ganha, quem perde... quem está aqui agora escrevendo-vos?
Num mundo estagnado e conformista, porém, modificadores de pensamento são o bem supremo... mas são vistos como demônios! Acho que a palavra ‘visionário’ para eles tem algum sinônimo com este último.
Eis então que os verdadeiros anjos, traduzidos pelo prisma caleidoscópico embaçado de tais seres, são visualizados na forma de demônios. O que gira nosso tabuleiro ambíguo de interpretações e influências de cabeça para baixo; e o questionamento de quem afinal está aqui, torna-se ainda mais complicado. Anjos que parecem demônios, demônios que parecem anjos, e homens que parecem... ambos.
Em alguns séculos eu seria louco, em outros professor. Mas em todos eu teria um caráter comum: seria ion, “o que vai”, viajante.
O que ditaria essa diferença? O prisma intelecto moral dos homens em enxergar anjos ou demônios. Esta estatística dos valores o representará.
Na busca por uma influência... viva como anjo ou como demônio.  Mas porque não como... homem? E ter a influência apenas de si? Ah... o individualista. O prisma só tem duas opções de vista permitidas; não haverá meio termo. Te exigirão um sim ou um não, na maioria das vezes lhe imporão um sim ou um não.
Como no xadrez, só há dois lados, e não há paz no tabuleiro. Não há um terceiro conjunto de peças que possam apaziguar os exércitos, o jogo não funciona assim. O jogo é simplesmente binário em opções, e a luta é a única opção. Não há paz no tabuleiro.
A partir do momento em que se entra no jogo, ou se é anjo, ou se é demônio, ou escolhe-se as pretas, ou escolhe-se as brancas; a outra única opção é de espectador.
O primeiro passo para a vitória é o cuidado, que está em saber realmente quais peças você escolheu... Pretas? Brancas? Mas quem montou mesmo o seu prisma...? Será que ele não é projetado para enxergar pretas como brancas e brancas como pretas?
Você enxerga além do seu prisma...?
Pretas.
Brancas.
Anjos.
Demônios


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