Eu achei um castelo, mas não funciona. Em sua solitaria e magnífica torre pensei ser inatingível, mas ao admirar o luar apenas ela me veio a mente e seu olhar doce e sombrio; e o desejo inssaciável de te-la dominou minhas veias e num impulso ardente comecei a gritar seu nome e então… eis que a chuva cai.
Tudo acabou e então ao sentir a chuva foi como se cada gota fosse um beijo dela; assim esqueci-me do ardor e cantei , como a chuva ao chão nessa sonoridade contínua que me lembrava sua voz. Receios me fazem moldar a talvez futura saudade de algo que, por hora, há o receio de se pensar; assim prefiro não pensar e viver… por você, enquanto ainda houverem forças, por você, que sentirei na chuva e na noite e, em onde houver uma luz, seu sorriso.
Abaixei a cabeça para pensar, nada surgiu, o rio congelou e o frio solitario à cantar comigo uma música de esperança fantasiada de sentimentos vazios; mas mesmo assim ainda era por ti que eu cantava… pode me ouvir? Então dormi, ou será que acordei? Nem o tempo dirá; talvez o castelo diga, mas este não funciona. Procurarei outro que funcione, e talvez seu eco leve à ti meu cantar.
No comments:
Post a Comment