Vagando pelo acaso sentindo os dias 1 a 1, ao som de uma balada horrível, falta curiosidade e bom senso. Um besouro é devorado por um grupo de assassinos famintos, ao ver que ele ainda estava vivo, eu o salvo e abrigo-o até seu merecido descanso. Só aí notei que este ser era o que me contou aquela história à alguns dias; de feitos poeticamente grandiosos. A tal história era um conto, para crianças talvez? Apenas se você não compreender sua profundidade metaforicamente real.
Ah, como eu queria ser um pirata para se rebelar contra a coruja. A coruja enorme trajava vestes militares e comandava um navio como se fosse um líder. Com suas asas abertas, seu esplendor era máximo e em seus olhos a lua e o sol, mas a lua era tapada; apenas alguns poucos contavam essa lenda paralela sobre outro deus pássaro te-lo arrancado numa batalha. Os súditos eram muitos, mas bem menores que a coruja, e subordinados à seus gritos que distorciam as nuvens e seu olhar paralisante e espasmódico.
Mas num fatídico dia na contagem dos tesouros ocultos, quando se ecoou da coruja "Esvaziem os baús." surgiu um caracol titânico em proporções do mar por de trás da coruja e arrancou-lhe a cabeça comendo-a; mas do corpo tombado surge outra coruja, menor porém e assim o gigante caracol faz o mesmo e arranca-lhe a cabeça. Porém o mesmo ocorre e outra coruja menor ainda surge deste outro corpo tombado e num urro que faz-se levantar do mar toda criatura que gritam um nome continuamente, e nesse momento o esplendor do caracol torna-se infinito. Então mais uma vez, o mesmo decapita a coruja, e outra bem menor sai do corpo tombado; mas já não é mais tão grandiosa e seus súditos são capazes em tamanho e com gritos e gargalhadas mutilam e devoram-na.
Um dos súditos sabiamente pega o olho do sol na coruja e oferece ao caracol, e quando depara-se com seu olhar enxerga a lua, a qual a coruja não mostrava. Alguns súditos nesse momento padeciam pois o ar exalado pelo caracol era tóxico. Então agora o caracol possuía o sol e a lua no olhar, e os poucos súditos de pé gritavam seu nome e o caracol colocou-lhes em sua carapaça. Então cavalgaram pelos 17 mares, os 7 conhecidos e os 10 submersos como piratas vorazes e destemidos e a morte já não era mais capaz de atingi-los. Um dos súditos possuía um colar o qual o pingente era um besouro, que ao submergir ganhou vida; e este besouro presenciou todas as façanhas e num livro eternizou-as. O tal besouro que salvei, o mesmo das lendas, e só depois do mesmo padecer percebi. Antes do ocorrido ele me indicou um caminho, a direção para os mares submersos ou o tal livro dos contos jamais contados.
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