Em
passadas trêmulas, você decide seguir o dia presente que chama teu nome, com o
sol a inundar o convite.
Você parte a caminhar... Solitário, errante e sorridente, como a vida o impele
à ser...
Marca teus passos na areia úmida em direção às águas;
Quer doar-se ao mundo, e senti-lo em seu desbravar!
“Ah, doce vento da vida, teu dialeto me soa como música. Entrego-me á ti de
braços abertos! Quero seguir-te e compreender a vida e a morte, o mundo e o Universo!”
E eis que seu gargalhar perante o momento exala tamanha alegria a brilhar como
o sol que te banhas.
Solitário, errante e sorridente, como a vida o impele à ser...
Mas do dia ao sol, fez-se nuvens, gélidas e cinzas, que da tua jornada não
esperavas. Sonhavas com o frescor de um mar que não te acolheu... mas que tu,
desbravador, riu-se e dissipou seu fardo.
A força lhe soou como carinho, e uma ave a grasnar no céu como testemunha de
que havia beleza mesmo na fria resposta do mar. Mas a fria resposta dos dias
jamais foram...
Neste momento porém, o presente lhe é uma dádiva!
Neste momento porém, teu sorriso poderia ser compartilhado!
Relutas em dividi-lo, nunca lhe foi habitual... porém é o que sempre quis.
Em passadas trêmulas, você decide seguir o dia presente que chama teu nome, com
companheiros de riso a inundar o convite.
“Ah, dádiva da noite! Há companhia a dividir cânticos e teorias, no acalento de
uma chama, perpetuadora de algo magnífico, o qual raras vezes me sussurra a
vida: amizade. O prazer em dividir gostos e risadas. Neste momento, não sou
somente meu; e é maravilhoso!”
Sente-se como as poucas vezes que a dança da vida lhe permitiu, ter um par ou
dois para compartilhar esta dança. E o momento a passar, a se eternizar em
gargalhadas ao vento.
Mas esta não é tua vida... ainda... se poderia o ser, não é a questão... no
futuro guardam-se rumores, no presente guardam-se clamores; e tu vive deles.
A vida o impele, o chama... e você sabe para que.
Por teus passos persistentes na areia, tu clamas... ela quer somente à ti, e tu,
somente à ela; somente tuas pegadas a marcar a trilha nestas areias que levam ao
mar chamado “Vida”.
A brisa gélida lhe é acalento... No caminhar solitário, teus próprios pés são
teus guias.
Solitário, errante e sorridente, como a vida o impele à ser...
No comments:
Post a Comment