S.

E ele arrebatará as cabeças dos indignos da vida, que à mesma não tem pudor. Banhar o chão com seu sangue, fazê-lo um mar de menosprezo com suas entranhas. Seu canto será entoado em silêncio, aos que possuem ouvidos para as coisas inauditas. Quantos mais entoam seu próprio canto da vida... ou deixaram-se emudecer?

Não há mais tempo, a angústia corrói o anjo arrebatador. Ele pede, implora, e nada obtém; assim sendo, ele irá tomar. A vida deve ser tomada para si, devido à vontade de cada um; mas não basta tê-la, ele possui o desejo de perfeição em que todos a tenham... não pode conceber a ideia de alguém não tê-la, desperdiçá-la... negá-la. Imperdoável.
Limparás a curvatura de sua lâmina enquanto narra as palavras finais dirigidas ao próprio decadente à agonizar.
Suas palavras devem ser lidas e interpretadas para a justiça ecoar caso sua mão direita desça fulminante, como um último aviso em esperançosa sabedoria, mesmo com a desconfiança na capacidade mental do ser humano, a confiança à possibilidade do questionamento próprio, fonte para a elevação, é sua maior esperança, seu chão.

Seu nome será... glorificado. Seu nome é...