Vento que entras pela janela, atingindo minha face, entrando pela minha boca e nariz, adentrando em mim...
Seu eco ao reverberar-se dentro de mim, me diz coisas que não consigo compreender, mas que quando o sono cai sobre mim, tudo fica estranhamente claro.
Sentido aparente. Certeza aparente.
Abra as janelas para que possa possuir-te. Sublime desejo, adentra-me.
Sua voz insiste em me aparecer, mas cesso de dar ouvidos... dou-te meu coração. Não à boca e nariz, adentra-me a alma, vento enigma a reverberar; gritando o que já posso ouvir... oh, Liberdade.
Vento a entoar seu conto oculto aos quatro cantos...
Da fruta que cai e madura jaz, do moinho a girar propagando-o, da flauta que canta ante tua presença, das flores cujas pétalas o seguem no seu fluir, livre, por tudo e todos.
Vento que molda os cabelos de tão linda dama, a olhar confusa, procurando, solitária.
Vento inconstante, que nunca fica; passas e mal percebem suas essências e sua voz, naqueles instantes de seu companheirismo.
Ah, livre... como só tu. Rompendo colinas a cavalgar, como queria.
Inconstante e em todo lugar, mochila nas costas, desbravar, céu, mar, a fina grama agitar... teu canto entoar.
Já posso compreender-te e a teu enigma, a fluir dentro de mim; e expirarei-te e entoarei teu canto.
Livre... como só tu.
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