A simplicidade de uma nuvem, em suas curvas delineadas, uniformes em seu conjunto, seu contraste com o azul... ar.
Tocar o intocável, provar do intocável...
Desejo de sua simplicidade, em cada detalhe de sua imperfeita perfeição.
Sutil
ao toque, sutil ao sopro; admirarei a arte que é teu ser apenas com
meus olhos? Não posso tocar-te, mas posso olhar-te. Não preciso de mais,
na sutileza de cada feixe refletido, jás todo o sentimento, dizendo o
que mais de mil palavras não poderiam, carregando no fechar e abrir todo
o por vir de sonhos hibernados.
Esperando
o toque de luz perfeitamente minucioso numa determinada frequência de
escuridão castanha atingindo um prisma de jade banhado em mel.
E neste reflexo, tornei-me nuvem... já não és-me mais intocável, agora pertenço à ti, neste contraste com o azul.
Agora, tornemo-nos um, ao toque do desejo do intocável.
Junto
à ti, demonstrei e atingi a perfeição... ao toque de uma mão, tenho o
infinito, ao toque da outra, tenho à ti... perfeição.
Junto à ti, tornei-me nuvem... perfeição.
(M. de Abreu)
Meu poeta. ♥
ReplyDeleteMinha musa.
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