Tanto faz, a árvore sempre cai, mas o que quero é derruba-la e colher as frutas, mesmo que poucas, mesmo que impensável, quero derruba-la. Sinceramente não sei o que vai acontecer quando ela cair, mas eu só quero seus frutos, nada mais; mesmo que sem planos para depois da queda, os frutos satisfarão o momento. Guarde-os para depois, a consciência grita, o desejo tapa-me os ouvidos. Tudo soa como aquela canção, tudo cheira como aquele perfume; na tinta, a dor, a vida.
Explode numa onda sonora o desespero, afogado pela futilidade alheia, apenas o momento que eles acolhem; prepare-se para mudar seus sonhos, pode ser útil. Os céus mudos, o solo realista, enquanto o vento o ilude, e não pensar é a saída; uma máquina, apenas fazendo, apesar de ainda com coração, por ele apenas, apenas fazendo. Realize, planeje, faça!
O papel é inútil, mas ele é seu guia; renegue ele e você renega o mundo. Mas e quando o papel lhe renega? O impossível e o improvável tornam-se seus vizinhos. A linha tênue entre realismo e pessimismo perseguem a esperança. As palavras e promessas me angustiam, onde está o caminho para isso? Sonhos paralelos, desejos ambíguos, sonhos pela metade, desejos tocáveis. E só o tempo à de me acompanhar, meu senhor autoritário, me ensinando da pior maneira que só ele possui a verdade, o caminho.
Sabe aquela história, de que não temos o tempo, mas o tempo nos tem? Pois é!
ReplyDeleteGrande blog, só li alguns textos por enquanto, mas vou ler mais.
Vê se continua postando!