Saturday, July 20, 2013

Trio Ternura



O Querer Mais Puro

"E aquele que criar o que o ultrapassa é, a meus olhos, aquele cujo querer é mais puro."

O auto querer superar-se, aperfeiçoar-se, com o objetivo mais nobre talvez existente: ser melhor. Não melhor que alguém, ou algo, mas melhor do que si mesmo; numa busca pelo Eu superior, um adentrar na própria alma, no próprio corpo, almejando otimizar cada detalhe de si mesmo. A vida é digna de ser louvada pelo seu melhor, você é digno de ser louvado pelo seu melhor... seu Eu clama pela perfeição. Há um caminho.
Mas nem todos são acometido por esse desejo de ser melhor, o conformismo pessoal é a maldição de seres mundanos tais que não almejam superar-se. Receio ou medo; eu digo limitação. Limitação do ser, que deve ser menosprezada. Porém num mundo de conformismo, seja de qualquer caráter, o ser torna-se estagnado, obsoleto. Pode-se até ser útil num grupo de estagnados como a maioria, onde almejar o melhor de si é algo visto como "desnecessário" dependendo do ponto de vista. "Por que eu iria querer me superar? Estou bem assim.". O "bem" ainda é um conceito deturpado e nada universal, e o ego do ser limitado não é grandioso, por isso é mesquinho, e não permite-se olhar para cima almejando seu melhor, por não acreditar que ninguém pode-lhe dizer o que é melhor. Essa soberba medíocre que atinge a muitos, e apenas os limitam mais. Deve-se ter um certo grau de sabedoria e vivência intelectual, ideológica, pessoal, para se vangloriar o ego, o Eu egoísta, ganancioso; mas não pelos valores mundanos! Aí está o abismo entre tais seres: os valores.
Valor é algo realmente deturpado hoje, tendo a maioria como vítimas, os estagnados pessoalmente, sem almejar um horizonte. Contentam-se com falsas alegrias e viveres, e não possuem capacidade para ouvir outros; estes conseguem ser piores. Por quê? Por que não conseguem olhar ao redor, olhar para suas próprias vidas e compreender o que é digno de verdade? Olhar para seres com vida, exemplos de seres humanos, que são raros mas existem, e segui-los como exemplo? É tanto orgulho focado no negativo da mente assim? Entender que o real sentido da vida é o mais simples e ridículo: viver! ...? A soberba que os limita é pavorosa. Mas quem dará ouvidos para um jovem que mal se formou? Não dão nem para senhores vividos. Mentes fechadas estão fadadas ao abismo, aquele citado acima. Não darão ouvidos porque ele é novo, não darão ouvidos porque ele é velho, não darão ouvidos simplesmente porque não querem. Soberba e ganância do que não vale a pena. É tudo uma questão de limitação da mente; adjetivos podem ser ambíguos, dependendo apenas de como é a mente do seu ser, como orgulho e egoísmo. Ter orgulho da mediocridade é estúpido, ter orgulho da grandiosidade é uma imensa qualidade, e ambos são o mesmo orgulho do Ser. Egoísmo no sentido de querer o melhor pra si, e isso dependerá do "querer" de cada um; e claro que você não espera um querer viver, ou um querer superar-se de mentes limitadas.
Eis que pergunto: quem são vocês?
Mera existência. Vidas jogadas no lixo. Tais palavras e sabedorias não são para seus ouvidos, infelizmente. Infelizmente...

"Viver é a coisa mais rara desse mundo, a maioria das pessoas apenas existe."

A sabedoria está presente para todos, quem tem ouvidos, ouça. Mas a música da vida é muito seletiva e objetiva, e dançar ao seu som exige mais; não só ouvir, mas exerce-la. Prestem atenção nos que dançam, suspiram, sorriem e caminham à parte do mundo, juntos, próximos ou mesmo sozinhos... não estão realmente sós. Apenas dançam ao som de outra melodia. Inaudível à mente limitada.

"E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música."

Os que dançam ao seu som exercem-na sob olhos julgadores, que escondem uma inveja inconsciente e uma soberba ridícula, digna de risos de desprezo. Dançam à melodia da forma mais digna de exalta-la: sendo o melhor de si. A maior e mais bela forma de exaltar a vida... O melhor de si para superar à si mesmo. Entregar-se à vida em seu melhor Ser.

Das "coisas em si" de Kant ao "deus morto" de Nietzsche...

" Nietzsche topou com o cadáver, mas são as impressões digitais de Kant que estão na arma do deicídio.”



O Livro da Filosofia (Burnham, Douglas; Buckingham, Will)
Globo Editora
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Ego Level = 85

Ficar absurdamente eufórico e feliz simplesmente porque é maravilhoso ser Você!

Ego Level = 84

Ficar triste pelos outros porque não sabem como é maravilhoso ser Você.

Wednesday, July 17, 2013

4 Grandes Agonias da Vida

As grandes agonias da vida são, sem dúvida:

1. Tentar lembrar algo que você tem noção que sabe, mas se esqueceu.
2. Compreender que algo grandioso que você valorizava é mentira ou errado e afins.
3. Tentar mentalizar a Não Existência.

Mas nada supera a agonia de:

4. Seu pé coçando quando se está de tênis.

iwndiwn - 44


Quando o chão dos sonhos toquei, senti-o frio, estéril. Havia uma árvore, agora morta jaz. O sono à traz; sua vida.
Então por que tanta dor no descanso?

A chuva escorre pela janela como os dias de minha vida... sinto cada gota caindo em minha cabeça. Feche os olhos e lembre-se de dores que com a árvore jazem. Com orgulho, verta a vida em lágrimas. Pois elas são você: cada lágrima que moldou seu ser.

E então, apenas consigo mesmo; ninguém viu, ninguém ouviu.
Ninguém verá, ninguém ouvirá. A vida começando, e seu Eu adentrar glorioso por sua porta. Ninguém viu, ninguém ouviu.

Será que realmente aconteceu? A simplória existência cega.

Ninguém verá, ninguém ouvirá.

iwndiwn - 43


A aura nublada da manhã, com sua brisa gelada, faz-me lembrar as portas recém abertas.
Sem saber, moldando o amanhã que outrora foi passado, e hoje é. As nuvens cinzas não me permitem enxergar alguma luz por detrás delas, mas sei que há algo, apenas algo;

De que só sei que o que há é a incerteza: luz, escuridão, bem, mal, escadas, pontes... não importa.
Como um ciclo, tais coisas em seu suposto final convertem-se entre si, nelas mesmas e novamente em seus opostos. Equilíbrio.

É o que se procura verdadeiramente ao tatear as nuvens cinzas, a neblina... caminhando em sua direção, adentrando aos tatos do nada em sua imensidão. Pés descalços, a fina grama macia torna-se chão duro e liso, sente-se minúsculas pedras contra os pés. Ao continuar andando, a única coisa que possui clara visão é o seu chão, seu momento. Enxerga-se vidro quebrado em seu momento, e ao agachar-se para olhar de perto, também enxerga-se um espelho, quebrado, bem próximo.

Pedaços de vidro em sua mão, o espelho quebrado na outra; seu momento estilhaçado, seu presente ao chão.

O olhar frio reflete em cada pedaço de vidro. E ao olhar exclusivamente o espelho quebrado, e encarar à si mesmo em seus estilhaços rachados, , surge um sorriso gélido, como a neblina que o banha, e sádico. Fumaça sai-lhe da boca ao pronunciar:
“Encontrei o que queria, a imperfeição perfeita.”

Friday, July 12, 2013

Perfeita e lindamente (des)motivacional






Ídolos do violão clássico: Frédéric Mesnier, Tom Ward e Estas Tonne.

A música é realmente a língua da alma e a forma mais bela de vangloriar e homenagear a vida. Escolhi aprender a fazer poesia sobre a vida, em palavras e notas musicais, e escolhi o violão clássico como auge para tal. Uma forma completa e linda, de beleza única, como cada instrumento o tem. Como músico admiro cada instrumento em especial; mas cada qual com a beleza que mais se identifique, não é? O violão clássico é completo em sua sonoridade e não é nem um pouco limitado, abrangendo agudos e graves podendo proporcionar melodias rápidas, doces, agressivas, tristes, melódicas, épicas etc, etc. Não possui uma especificidade de timbre e isso é uma das coisas que mais admiro nele; o que o coloca à frente preferencialmente, por exemplo, do contra-baixo, mesmo não tendo nada contra este, sendo um tanto limitado quanto ao timbre de notas graves. Outros instrumentos que chamam muito minha atenção e admiração são o violoncelo, o violino e a flauta, não necessariamente nessa ordem. Como disse, como música, sei admirar cada detalhe que torna cada instrumento único, mesmo "limitado" em seus timbres.
E eis que estão aí três dos violonistas que chamaram muito minha atenção pelos seus estilos, e são a definição do que me fez ir pro mundo da música (ps.: não sou músico profissional, música é meu maior hobbie), aquela reação do tipo "Caramba! Eu preciso fazer isso um dia!" ao ouvir algo genial e empolgante! Frédéric Mesnier é simplesmente perfeito e tem um estilo totalmente medieval de tocar num instrumental suave mas ao mesmo tempo de muita força, em alguns momentos velocidades, mas a perfeição é o conjunto da obra numa melodia única e perfeita em cada nota. Tom Ward admiro muito pelo seu estilo que mescla velocidade apenas com a mão (quem toca com palheta sabe que é muito mais fácil ser rápido com a mesma) e um feeling sensacional onde seu estilo também ajuda, com uma força também característica em sua música e seu esporádico suspirar em cada mini pausa como se fosse um clímax para continuar a música (o que também só deixa seu tocar ainda mais digno!), mas que também é alternada à uma maneira suave de tocar, mesmo sem perder a velocidade do dedilhado que é uma de suas marcas registradas. Estas Tonne possui um feeling também sem igual, num estilo de violão clássico que beira mais o estilo flamenco e cigano, o faz possuir um estilo diferente de ambos citados acima, cada qual com seu estilo, mesclando feeling,velocidade e serenidade, tornando as notas um incessante turbilhão de emoção com cada dedilhado.


Friday, July 5, 2013

“Desliga esse barulho aí, pelo amor de D’us!”



“Desliga esse barulho aí, pelo amor de D’us!”

- Minha mãe sobre o épico “Cavalgada das Valquírias”, de Richard Wagner.

Parte da obra prima O Anel de Nibelung que Wagner que dedicou 26 anos de sua vida para sua criação. Cara... 26 anos... uma obra eternizada na história da música... um épico... uma ode... um "barulho" pra minha querida mãe... Hahahahhahahaha, Wagner mandou um 900° se revirando no túmulo, na boa!

Uma palinha do movimento ápice da obra, que acho que todos já ouviram em algum lugar (como a 5° sinfonia de Beethoven, quem nunca ouviu o famoso
"TAN TAN TAN TAAAAAN"); enfim:


                  




Syd Barrett

Syd Barrett, fundador e primeiro vocal/guitarrista do Pink Floyd. Infelizmente não é tão reconhecido, tanto pelo que fez ou tanto por simplesmente estar no Pink Floyd! Sim, muitos nem sabem da existência de Syd, sendo cegados pela formação clássica Gilmour, Waters, Wright e Mason ; não criticando a formação clássica e a perfeição que o Pink Floyd alcançou com tal, mas ignorar ou esquecer de um dos integrantes principais da banda, que fez muito por ela e tinha uma maravilhosa genialidade infelizmente não reconhecida e mal interpretada. Muito veem a música de Syd, tanto solo como no Pink Floyd, como um som aleatório e disforme... pois essa era uma das características que era proposital, com uma forma de psicodelismo diferente do Pink Floyd após Syd, o que fica bem óbvio se analisarmos os 2 primeiros álbuns (os únicos com a presença de Syd) e os álbuns seguintes. Mas antes de diferenciar os estilos do Pink Floyd na Era Syd e Pós Syd, tenho que falar um pouco de quem era Syd.
Posso resumir num termo, que acho que é o que mais identifica Syd pra mim e o que mais me encanta e entristece-me por isso: um gênio incompreendido. Sempre me identifico com tais de uma forma única! Gênios incompreendidos sempre serão fascinantes e adorados por mim, e praticamente todos os gênios um dia foram incompreendidos, sim, mas os que passam por isso mais tempo ou nunca tem sua genialidade reconhecida realmente me cativam de forma única. Syd tinha um estilo diferente de fazer música, realmente, com um psicodelismo clássico e óbvio, com todos os aspectos de cores, fantasias e afins de uma digna viagem com LSD. Syd era um usuário ávido de LSD, diariamente praticamente tomava doses absurdas de ácido (motivo pelo qual contribuiu bastante para suas crises e vindouros problemas mentais, mas não foi causa de sua morte ou nenhum complicação que pudesse acarretar tal.) e como todos os músicos da época que era usuários, tinham suas sensações e viagens como maior inspiração para suas músicas, mas sempre com um “Q” de sua personalidade inserida em tais. E Syd tinha uma alma imortal de uma criança, e isso fica bem claro em suas letras e estilos, com inúmeros contos de fadas, criaturas fantásticas etc ; o que é maravilhoso, pois era um homem que não perdeu sua essência da infância. Sua maravilhosa visão de todas as maravilhas de forma psicodélica era fascinante, e infelizmente incompreendida. Esse era o principal aspecto que infelizmente não era reconhecido; consideravam sua música de certa forma “infantil” e sem seriedade, tragicamente isso se perpetuou. Tal aspecto de sua forma de fazer música demonstrava uma beleza única, diferente, que não tinha estética como foco, mas sim a beleza do olhar de uma criança para a música e certas coisas do mundo quando em suas viagens mentais. Sua falta de estética para com a música também é mal vista, e isso é mais difícil de se contornar, realmente. Mas a impressão da estética quase sempre é deixada de lado quando você entende o que realmente é pra estar sendo transmitido pela letra e pelo ritmo. E é assim com Syd, que tinha um objetivo diferente em passar sua música, que não era apenas sobre suas viagens psicodélicas. Sua música transmitia essa aura infantil, já dita anteriormente, e tendo essa visão, compreende-se praticamente em sua totalidade o que Syd queria realmente passar. Certo dizer que não era o que as pessoas estavam habituadas ou queriam ouvir, mas quem disse que deve se fazer música para os outros? Syd colocava sua personalidade nas músicas, como todo bom músico, porém não foi reconhecido, o que leva a crer que ele em si, e não só sua música, era incompreendido. Brilhante e genial.         

Sua marca registrada está no primeiro álbum, que tem seu psicodelismo específico, bem diferente do restante dos álbuns. Bastante teclados com som de órgão clássico para músicas psicodélicas, urros e barulhos com a boca como “Tsh tsh, Puuf, Aah” que colocavam aquele toque magnífico e até esquisito na música, o que na minha opinião deixa a música mais rica , instrumentos de sopro como trompetes e tubas não muito usuais mas que lembravam uma espécie de banda de circo ou aquelas músicas de parque de diversões, mostrando aquele, tão repetido aqui, lado infantil de Syd e que dava realmente uma profundidade maior pra música com essa filosofia do modo de ver e fazer música com a serenidade e inocência de uma criança, e as letras que também carregavam a marca registrada de Syd. O segundo álbum é a despedida de Syd do Pink Floyd e as boas vindas a David Gilmour (que viria à ser o guitarrista e um dos vocais), tendo um estilo único dentre todos os álbuns: uma mesclagem do psicodelismo colorido, infantil e fantasioso de Syd Barret com o psicodelismo sombrio, profundo e mais trabalhado de David Gilmour. O que o torna um dos albuns mais perfeitos e um dos meus favoritos do Pink Floyd, justamente por essa mescla dos dois estilos que a banda viria a ter e ser reconhecido por tal. Carregando muitos tons sombrios, com uma progressividade mais bem trabalhada e uma estética mais detalhada, órgãos e guitarras mais acentuadas, deixando de lado os instrumentos de sopro na maioria das músicas, poesia psicodélica carregando exatamente a mistura do já final resquício de Syd Barret e mais acentuado no estilo que o Pink Floyd fixaria como seu estilo propriamente dito de progressivo psicodélico. 


Infelizmente seus problemas de constantemente não se concentrar e sempre parecer estar mergulhado em sua própria consciência sem ligar para o mundo exterior que acarretaram na sua saída da banda. Syd apresentava aspectos que lembravam o autismo e uma pequena parcela de esquizofrenia; o que realmente viria a lhe atingir mais tarde, acarretando problemas mentais mais profundos, numa espécie de autismo adquirido ao invés de já ter nascido com tal (oque vale realçar, não foi a causa de sua morte, já que faleceu devido à complicações de diabetes décadas depois somente em 2006). O que o impossibilitava de ter o compromisso que a banda necessitava, e infelizmente os integrantes tiveram que optar pelo melhor pra banda, mas nunca, nunca, abandonaram Syd Barrett. Sempre ficavam e ficaram com ele sempre e até seus anos finais, e não o deixavam se afastar. O companheirismo com Syd nunca os deixou; tira-lo da banda foi doloroso para todos os integrantes, mas necessário profissionalmente. Mesmo assim ainda fizeram questão de honrar e respeitar tal integrante com inúmeras homenagens em músicas e até um álbum inteiro em sua homenagem (Wish You Where Here; fica óbvia a homenagem prestada à Syd em todas as músicas), para demonstrar o quanto aquele homem significava para o Pink Floyd.

Syd deixou sua marca, mas acho que ainda não recebe a honra merecida por fãs.

Deixo aqui minha singela homenagem à esse ídolo que é Syd Barrett com uma música do seu último álbum com o Pink Floyd, que na minha opinião descreve Syd e sua vida da forma mais semelhante e completa possível (com exceção de Shine On You Crazy Diamond talvez, que é a maior e mais bela homenagem do Pink Floyd para com Syd Barrett). Essa não é a música de despedida de Syd, com a qual o álbum é terminado, mas uma igualmente perfeita, sem esse tom de despedida, e sim o tom clássico de Barrett e sua maneira de viver, entender, ser.





"Remember a day before today,

A day when you were young.

Free to play alone with time,

Evening never came.

Sing a song that can't be sung,

Without the morning's kiss.

Queen - you shall be be it with you wish,

Look for your king.

Why can't we play today?

Why can't we stay that way? 



Clim your favorite apple tree,

Try to catch the sun.

Hide from your little brother's gun,

Dream yourself away.

Why can't we reach the sun?

Why can't we blow the years away?



Blow away, Blow away.

Remember, Remember." 






Brilhe como um diamante louco, como um gênio que descobriu o segredo cedo demais, como esse gênio incompreendido que você é, Syd Barrett... eternamente.



"And what exactly is a dream? 



And what exactly is a joke?"