Friday, August 10, 2012

Now Let Me Hold Your Hand

Tudo o que eu queria, agora, ontem, antes de ontem e antes. Às vezes é só o que me vem à cabeça... segurar sua mão, não soltar, olhar nos seus olhos, e saberemos o que se passa e o que está acontecendo, sem trocar uma palavra. Apenas nesses segundos e tudo se responderia, e tudo que tínhamos certeza e que caiu pelo caminho, seria resgatado; e tudo floresceria novamente. Você saberia, eu ainda sei; mas ainda preciso segurar sua mão para que você saiba, se lembre. Ainda há muita força nisso tudo, eu sei que há... uma chance, uma oportunidade que o destino se nega a permitir. Vidas unidas e separadas sem o consentimento de ambas, o livre arbítrio é quebrado. Culpas, dilaceramentos, lágrimas, dor... Pare! Respire... não pense... não dá... não há outra coisa que eu respire, que eu bombeie em minhas veias, que não seja você.
  Superficialidade nas palavras e sentimentalismo momentâneo causado pelo desespero? Faria sentido se isso passasse, mas não; e também não sou desse tipo. Meu sentimento talvez apenas criou uma crosta fina em sua volta, mas que raramente consegue contê-lo. Criei-a no intuito de tentar seguir, segurá-lo, ignorá-lo, mas essa crosta rompe-se muito facilmente ainda, e é cada vez pior. Droga! Não chorarei e perguntar "D'us, por que D'us?". Esse é o pior, eu sei o porque. O que só piora tudo, tragicamente.
"É, você tem aquela coisa. Acho que você vai entender.". Seu sorriso ainda me da aquela mesma sensação... seu sorriso, sim aquele... a coisa mais perfeita que já ocorreu e que existe nesse mundo: seu sorriso. Sincero, alegre, tímido e lindo. Sim, ainda me deixa bobo e me faz sorrir feito uma criança tímida, com os olhinhos quase fechados e tudo. Você sabe, já o viu inúmeras vezes, culpa sua mesmo! Hahahahha, é, é... você veio, não sai daqui por nada, mesmo com tudo, mesmo com todos, mesmo sem seu consentimento, é com você que eu ainda sonho todas as noites e todos os dias (All night! All day! Gloooooria!). Tsc... só o que posso fazer é lamentar na minha amarga solidão...
Aceita um café sr. Eu? Claro! E logo após uma leitura, um chá e estudar, escrever não sei. Entupir a mente com coisas fúteis para distração e risos alheios. O que acha sr. Eu? Ótimo plano. E seguir até a misericordiosa adaga do sono profundo acalentar essa dor estática definitivamente... Definitivamente por pelo menos algumas horas.
Durma... dormir é o único momento em que tenho paz, e mesmo assim involuntariamente você ainda aparece às vezes (benditas madeixas coloridas); não que seja algo ruim... pelo contrário, são as vezes que eu acordo mais feliz. Me sinto um masoquista sentimental assim, mas não da pra afastar, mesmo tentando me entupir de coisas aleatórias pra fazer e de coisas fúteis apenas pra ocupar espaço. Me afasto, mas volto, você não está. Palavras faladas, mas parecem jogadas à uma parede, sem correspondência. Fica... o que há com isso tudo afinal? Vejo nas minhas próprias palavras um turbilhão de sentimentos, dos mais nobres aos mais perturbadores. Escrevo sobre amor com ódio no olhar e tristeza na mente. Todos aqueles sonhos, ainda estão ali, aqui, oculto. Fecho os olhos, ali estou à salvo de tal, espero que as lágrimas não quebrem o fechar dos meus olhos... talvez se eu dormisse todo o dia e só acordasse com o seu sussurrar no meu ouvido, daria certo. Onde está você? Tão perto... tão longe... eu te sinto. Talvez haja paz nas notas de um violão, no sussurrado cantar de um poeta americano, nas melodias transcendentais e atemporais de sinfonias, no sono vazio, no auto isolar-se do mundo para si mesmo, no calejar da mente.
Eu só queria segurar sua mão... eu só quero segurar sua mão... eu estou segurando sua mão...
Pode sentir? Pode me sentir?
Vamos...

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